domingo, 28 de dezembro de 2008

2008 ainda em tempo para relembrar o centenário de nascimento de Armando Ziller






O CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DO MEU AVÔ



Não poderia começar a falar de política sem antes recolher a minha insignificância perto deste Homem que realmente fez a diferença. Se eu conseguir merecer apenas o "A" do nome que herdei serei uma pessoa realizada.

republico abaixo texto escrito pelo Sindicato dos Bancarios de BH e Região sobre Armando Ziller:

" Sindicato abre comemorações dos 76 anos com exposição iconográfica e homenagem a Armando Ziller:
O Sindicato abre as comemorações de seus 76 anos com a exposição Organização e Luta: 76 anos do SEEB BH e Região e Memorial Armando Ziller. Na exposição, o Sindicato resgata momentos importantes de sua história e presta uma homenagem a Armando Ziller, uma das mais importantes lideranças do movimento sindical brasileiro.
A exposição resgata as várias lutas do Sindicato durante as quase oito décadas de existência, desde a sua criação em 27 de outubro de 1932, até a retomada das mobilizações na década de 2000, com a afirmação do Sindicato Cidadão, que extrapola as lutas econômicas e afirma a cidadania, ampliando o conceito de entidade de classe. A mostra também retrata as constantes perseguições políticas enfrentadas pela entidade e a resistência aos ataques do Regime Militar.Na exposição haverá um espaço dedicado ao dirigente histórico Armando Ziller, pessoa imprescindível na afirmação do Sindicato como um dos mais importantes do país.
Um homem de luta
Armando Ziller nasceu em 1908, no Rio de Janeiro. Em 1933 foi aprovado no concurso do Banco do Brasil, sendo destacado para trabalhar na agência de Santos, onde participou ativamente dos primeiros movimentos que deram origem ao Sindicato dos Bancários de Santos. Após ser transferido para Curitiba, se engajou na construção do Sindicato dos Bancários da cidade. Em 1940, Armando foi transferido a seu pedido para Belo Horizonte, onde mais tarde, em 1944, seria eleito presidente do Sindicato dos Bancários de BH e Região.
Militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), Ziller esteve à frente do Sindicato em momentos históricos da categoria, como na marcante greve pela jornada de trabalho de 6 horas. Mesmo sendo militante do PCB, Armando nunca permitiu o aparelhamento do Sindicato pelo partido, e sempre repetia: “O Sindicato é de todos, não tem partido”.
Com a atuação vitoriosa no movimento, foi eleito deputado estadual em 1946, mas foi cassado antes de completar nove meses de mandato, devido à perseguição política que vigorava à época.
Sua atividade sindical e política lhe renderam inúmeras prisões e a cassação de seus direitos políticos. Em 1964, com o golpe militar, Armando exilou-se na então Tchecoslováquia por 17 anos. Retornou ao Brasil em 1980, após a anistia.
Questionado sobre como conciliava a religião e o comunismo, Armando respondia com bom humor, citando São Tomás de Aquino: “A Razão e a Fé não se hostilizam”, e acrescentava, “antes se completam”.
Mesmo aposentado, Armando prosseguiu em sua luta em defesa do trabalhador, nunca se desligando das atividades em defesa da categoria. Casado e pai de três filhos, Armando faleceu em 17 de maio de 1992, quando presidia o PCB. Até o final de sua vida manteve-se firme em sua posição ideológica, defendendo o que era seu ideal de vida: o comunismo."

2 comentários:

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  2. Meu caro amigo ainda me lembro quando seu avô voltou do exílio. Era criança ainda não entendia muito bem as coisas de adulto, (sempre fui meio devagar para perceber as coisas) mas sentia algo de diferente no ar. Da orgulho saber que pessoa assim esteve presente em minha vida. Amarildo Pereira

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